Originalmente utilizada como um auxílio no controle da epilepsia, a dieta cetogênica consiste basicamente na redução de carboidratos ingeridos e um aumento considerável no consumo de gordura boa, sendo uma ótima opção para que quem deseja perder o peso, que acontece devido a redução do consumo de carboidratos:
Ao reduzir o carboidrato, que é o principal fornecedor da glicose que dá energia para as células, o organismo busca outras fontes de combustível, principalmente a gordura, que é o nutriente mais ingerido na dieta cetogênica. Assim, a gordura vira o substrato de maior importância — e, no processo, são formados os corpos cetônicos.
O raciocínio é simples: se as gorduras se tornam combustível de primeira escolha, tanto aquela que vem do prato como a que está estocada no corpo entram na mira.
“Sem falar que os tais corpos cetônicos agem em uma região do cérebro chamada hipotálamo, aumentando a sensação de saciedade”, aponta Felipe Almeida, nutricionista e criador da ScienceTV, em São Paulo.
A dieta cetogênica é composta por:
- 50 a 70% da quantidade calórica é gordura boa
Entra para a lista de alimentos ricos em gordura boa o abacate, gergelim, queijo, bacon, azeite de oliva, óleo de coco, castanha do pará, nozes, castanha de caju, amêndoas, amendoim, manteiga de garrafa e banha de porco.
- 30% da quantidade calórica é proteínas
Carne vermelha, frango, peixe, atum e ovos são ótimas fontes de proteína.
- 20% da quantidade calórica é carboidratos fibrosos
Espinafre, brócolis, alface, pepino, abobrinha, aspargos, couve-flor, repolho, aipo, couve, pimentão e chicória vermelha estão liberados, bem como algumas frutas como kiwi, maracujá, mirtilo, morangos, framboesa e coco.
Alimentos proibidos na dieta cetogênica
Alimentos processados, pães, massas, arroz, macarrão, doces, batata, inhame, mandioca, farinhas, bebidas alcoólicas, feijão ervilha, grão-de-bico, cereais, milho e demais fontes de açúcar são alimentos proibidos na dieta cetogênica.
Vale ressaltar que tudo em excesso faz mal, portanto, coma menos e melhor!
Fase de adaptação
Como já mencionamos, o carboidrato deixa de ser o principal fornecedor de energia, e com a restrição desse alimento, o glicogênio reservado nos músculos e no fígado se esgota rapidamente. Durante os primeiros dias, que é uma fase de adaptação, a falta de glicose para o cérebro pode provocar efeitos colaterais como mau-humor, cansaço e fraqueza.
Quando o glicogênio armazenado acaba, e com a sumiço do carboidrato, o corpo passa a utilizar as gorduras da dieta e aquelas armazenadas em nosso tecido adiposo como nova fonte de energia.
Depois que o corpo se acostuma com a nova maneira de produzir energia, a energia motora e clareza mental aumenta consideravelmente.
Simulações de cardápios de uma dieta cetogênica:
Café da manhã:
- Ovos fritos ou mexidos na manteiga, azeite ou óleo de coco, temperado com orégano e sal rosa;
- Ovos pochê;
- Abacate com canela, cacau e um fiozinho de mel;
- Chá;
Almoço:
- Saladinha com castanhas do pará, amêndoas, nozes e azeite, com um bife de vaca, peixe, frango, atum ou ovo;
- Salmão acompanhado de aspargos, abacate e azeite;
Jantar:
- Ovo frito, proteína animal e saladinha de atum;
- salmão grelhado com salada temperada com azeite oliva.
Vale ressaltar que na dieta cetogênica não há um número exato de refeições por dia.
IMPORTANTE: É de extrema importância o acompanhamento de um profissional para entender a sua necessidade energética, levando em conta fatores como idade, altura, peso atual, sexo e nível de atividade física.
E ATENÇÃO: A dieta cetogênica não pode ser feita por um tempo prolongado, pois é muito restritiva, sendo eficaz a curto e médio prazo. Pessoas com diabetes, hipertensão, doenças no fígado ou rins, com mais de 65 anos ou grávidas, devem tomar um maior cuidado! A dieta cetogênica deve ser autorizada pelo médico e seguida com acompanhamento de um nutricionista.
Dieta cetogênica X Atividades físicas
As atividades físicas devem ser aliadas à dieta para que a perda de peso seja efetiva e saudável, portanto, movimente-se! Venha para a Cia do Corpo.